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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Solidão



Solidão

Minhas mãos
estiveram estendidas à procura
das tuas por todo esse tempo
com carinho e ternura.
Com essas mãos afaguei-te,
não só teu corpo, mas também a alma.

Mãos que vagavam pelo teu corpo
com paixão e doçura oferecendo-te sempre
o amor que procuravas.
Mãos que no silêncio da noite diziam
e faziam tudo que um homem podia desejar.

Mãos que te mostravam sonhos
te afastavam as tristezas,
traziam de volta confiança
de voltar a amar.
Mãos meigas que te faziam carícias
algumas vezes suaves
em outras, recheadas de malícias.

Mãos que te deram prazer
e que tantas marcas de amor lhe deixaram...
Hoje, sentem-se sozinhas
sem tua mão para com força as segurar,
dizendo:
Estou aqui não vou te deixar.

Tuas mãos que outrora seguraram
partes da minha vida...
Todo o meu ser e meu querer.
Hoje já não mais as seguram como antes...
Afastadas estão.

Hoje, minhas mãos
se juntam para uma triste prece,
pedindo,
implorando para aquietar o meu coração
e deixe de sofrer tanto...
Pode ser que tenha sido sempre assim
e sem perceber estive apenas sonhando...
Tenha sido fantasia...
E como ao fim de todos os sonhos
acordo sentindo sensação de vazio,
saudades, de algo que não existia
...nunca foi...
Mas a vida continua
ao menos para a maioria.



Sandra L. Felix de Freitas®

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