Bob, o rei sem raça
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Bob |
Um cãozinho de raça única,
Desses que o mundo não fabrica.
Foi doado com desdém,
Devolvido por ser “feio” também.
Mas logo nos encantou,
E com carinho o convidamos:
“Vem ser parte da bagunça —
dessa casa que tanto te ama!”
Na primeira noite, um estrondo!
Corremos feito heróis sem farda.
Só ouvíamos seus gritos agudos
E nenhum sinal do Bob na sala.
Veio frágil, tão doentinho,
Tomado por vermes e carrapatos.
Eram mais de duzentos no corpinho,
Com eles, febre, anemia e cansaço.
Mas com remédio, carinho e calor,
Bob renasceu — puro vigor!
Logo aprendeu suas travessuras:
Rasgar revistas, mastigar molduras.
Guardanapos? Uma iguaria!
Cabos elétricos? Pura alegria!
Móveis? Todos marcados com dente —
Sim, Bob achava que era gente!
Nascido em dois mil e dezesseis,
Fez nove anos — firme como um rei.
Com medo de visitas, gritos ou trovão,
Mas destemido pra proteger o seu chão.
Quando leva bronca, encara e resmunga,
Pensa, responde, faz cara de zanga.
Bem feito pra nós, que em nosso lar
Entregamos o trono pra ele reinar.
Sandra L F Freitas
28 mai 2025
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