Radio Grooveshark

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O reverso do inverso


O reverso do inverso

Repousa o silêncio
na superfície do lago
de águas azuis,
densas e pesadas,
aparente solidez.
Que ninguém se engane!
No fundo, tudo é diferente:
turbilhão de sentimentos,
dúvidas caladas,
beirando à insensatez!
Assim é o coração
daquele que pretende
esquecer para amar,
lembrar pra esquecer.



Sandra Freitas

domingo, 13 de outubro de 2013

Revivendo



Revivendo

As voltas que a vida dá
Nos levam, algumas vezes
A um mesmo lugar
Que já passamos,
Situações já vividas,
Experiências sentidas
E muitas vezes reprimidas.
Essas loucas voltas
Que a vida dá
Nos levam de volta ao lugar
De onde nunca deveríamos ter saído.

Sandra Freitas

Relações tóxicas II



Eu nunca usei drogas, mas já li muito sobre seus efeitos... Conheço pessoas que são dependentes químicas, e vejo o sofrimento destas e de suas famílias.
Existem pessoas que, dentro de um relacionamento, funcionam como uma droga de alto potencial de destruição! 
O indivíduo de personalidade narcisista é assim. No início da relação, ele dá ao outro altas doses de "sua droga" fazendo com que o outro sinta-se amado, desejado,  eufórico, feliz, pleno!
Depois, sem o menor aviso ele lhe tira tudo. A seguir, em dias alternados, depois em semanas alternadas, vai lhe dando pequenas doses dessa droga, que fazem a sua "vítima" sentir um pequeno alívio na dor da abstinência... E é triste, muito triste e humilhante a pessoa ficar a espera de que um dia o narcisista volte a lhe dar aquela alta dose da sua droga: amor e paixão... 
E a vítima desse indivíduo continua ali, por meses, algumas por anos... suportando tudo, somente pela expectativa de que um dia ele lhe olhe novamente com o mesmo desejo, com a mesma admiração...  Mas isso jamais irá acontecer. Porque esse tipo de gente é desprovido de sentimentos do tipo: amor, empatia, culpa, etc. 
E saiba que, independente do esforço da vítima em fazer feliz o narcisista, ele sempre a culpará por tudo de ruim que, supostamente, aconteceu na vida dele.
A única solução? Vá embora e não olhe para trás.

Sandra Freitas


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Decepção

Decepção 


Dói muito quando nós decepcionamos com alguém que amamos. Mas o que faz doer não é tanto a perda do amor, da companhia ou as possíveis mentiras e traições.
O que realmente nos machuca é que, de repente começamos a observar que, aquela pessoa a quem amávamos, admirávamos e achávamos o máximo, começa a encolher diante de nossos olhos... Vai diminuindo de tamanho, de significância e de importância para nós.
E dói percebermos que passamos meses, anos, ou mesmo uma vida, amando uma ilusão, um personagem... Dói muito descobrirmos que o nosso super herói não passa de um pequeno e repugnante ser.



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Leveza


E veio a chuva e levou
tudo de ruim que insistia
em estar por perto.
Prenúncio de um bom dia!

Sandra L. Felix de Freitas

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Relações tóxicas

Relações tóxicas



Eu sempre fui da opinião que até mesmo um assassino monstruoso deve ter algo bom na alma. E com essa fé fui vivendo... 
Muitas vezes, desiludida, procurava na pessoa que tinha me decepcionado, algo de bom, que se pudesse aproveitar, ou uma justificativa para suas ações.
Mas com o passar do tempo fui descobrindo que existem pessoas que simplesmente são más. Seu nível de crueldade é tão elevado que nos custa a acreditar... 
E é só quando a gente leva a quarta ou décima paulada é que percebemos que este tipo de gente nasceu com um (ou mais) defeito no caráter. São pessoas que não sentem culpa, não possuem empatia e só se mostram bons e generosos quando estão à caça da próxima vítima. Esse tipo de pessoa só pensa em si mesmo. Sempre elege alguém para ser responsável por seu sofrimento e passam anos a fio desfiando o mesmo rosário... Em momento algum são capazes de lembrar que os fatos que lhe desagradaram foram reações à atitudes delas mesmas.
Esses indivíduos tem mais uma característica: "vampirizam" o companheiro. Sugam-lhe toda a energia, a alegria e a auto-estima. 
Não importa quantas decepções você precisou passar para reconhecer que você vive uma "relação doentia" com alguém portador de uma doença que não tem cura. Ainda não inventaram cápsulas de moral, ética, bondade, simpatia desinteressada, empatia, generosidade e amor ao próximo. Sempre haverá tempo de sair dessa relação e reconstruir tudo: vida, auto-estima, finanças e até amar novamente! Não é vergonhoso pedir ajuda. Psicólogos existem para isso mesmo!

Quanto a mim, hoje, mais tranquila e serena, vejo que preciso me afastar de todas as pessoas que possuem esse perfil! 



E assim, irei caminhando em busca de minha paz de espírito, minha serenidade e motivos pra liberar as minhas sonoras e sinceras gargalhadas!

#sandrafreitas