Desencanto


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Desencanto


Dói tanto ver ruir quem se amou um dia,

Não pela ausência, solidão ou engano,

Mas pela dor que, lenta, se anuncia

Quando encolhe o que antes foi tão humano.


Aos poucos, vai perdendo a relevância,

Quem foi herói se torna indiferente,

E o brilho vira sombra e dissonância,

Deixando o coração mais descontente.


Doí mais saber que foi só fantasia,

Que o que amamos era só fachada,

Um personagem feito de utopia,

Cuja verdade é feia e disfarçada.


Ilusão que por anos sustentamos,

Por quem, sem ver, em vão nos entregamos.


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