Radio Grooveshark

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ciladas



Pense em mim nesta noite
com carinho,
talvez, com uma pitada de saudade.
Pense em mim agora,
como algo que você teve
mas que se permitiu perder,
que deixou ir embora.
Pense em nós hoje,
e em nossos bons momentos,
e em toda aquela felicidade
que sentíamos quando estávamos juntos...
Nosso tempo acabou.
De todo aquele amor
só uma coisa ficou:
a sensação de vazio
que não ser pode preenchida
pois você, na verdade,
nunca existiu
não chegou a ser...
Foi um delírio somente...
Eu apenas sonhei
com o amor e a felicidade.
Ciladas da minha mente!
2012

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Colorindo a saudade

Se um dia a saudade
apertar em demasia
faça de conta de nao é de verdade
abra um sorriso
finja alegria...
Não assuma que um dia
você pôs tudo a perder
por não saber amar
por não querer se entregar
por não confiar.
Mas, se mesmo assim
a saudade apertar
a ponto de te fazer chorar
siga o teu coração
são poucas as vezes
em que temos a oportunidade
de voltar atras
e dizer sim
para a felicidade.


Sandra Freitas
Fev/2011




segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Versificando





Dividida entre dois mundos
sigo meu caminhar
Passos lentos
me irão levar
a algum lugar
mas,
onde encontrarei 
o meu real querer?
Onde estará meu coração?
Em que lenço enxugarei
as lágrimas que derramo agora?
Quem estará a minha espera?
Serei feliz um dia?
Não!
Não me interprete,
não tente me decifrar...
Não se preocupe,
isso é apenas poesia...

Sandra Freitas

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O reverso do inverso




O reverso do inverso

Repousa o silêncio
na superfície do lago
de águas azuis,
densas e pesadas,
aparente solidez.
Que ninguém se engane!
No fundo, tudo é diferente:
turbilhão de sentimentos,
dúvidas caladas,
beirando à insensatez!
Assim é o coração
daquele que pretende
esquecer para amar,
lembrar pra esquecer.



Sandra Freitas

domingo, 13 de outubro de 2013

Recomeços



Recomeços 

As voltas que a vida em si desenha,

levam-me aos passos que já percorri.

Em cada curva, a alma se empenha

a reencontrar o chão que já perdi.


Momentos que julguei ter sepultado

renascem com o cheiro da estação.

O que foi dor, agora é só recado,

sussurro antigo em meu coração.


E volto, sem saber se fui ou vim,

ao ponto em que parti sem ter partido.

Talvez o fim seja um começo em mim,

um elo com o tempo adormecido.


Pois há caminhos que o destino traça

pra nos mostrar que a vida é sempre laça.



Sandra Freitas
(Imagem gerada por IA)

Relações tóxicas II



Eu nunca usei drogas, mas já li muito sobre seus efeitos... Conheço pessoas que são dependentes químicas, e vejo o sofrimento destas e de suas famílias.
Existem pessoas que, dentro de um relacionamento, funcionam como uma droga de alto potencial de destruição! 
O indivíduo de personalidade narcisista é assim. No início da relação, ele dá ao outro altas doses de "sua droga" fazendo com que o outro sinta-se amado, desejado,  eufórico, feliz, pleno!
Depois, sem o menor aviso ele lhe tira tudo. A seguir, em dias alternados, depois em semanas alternadas, vai lhe dando pequenas doses dessa droga, que fazem a sua "vítima" sentir um pequeno alívio na dor da abstinência... E é triste, muito triste e humilhante a pessoa ficar a espera de que um dia o narcisista volte a lhe dar aquela alta dose da sua droga: amor e paixão... 
E a vítima desse indivíduo continua ali, por meses, algumas por anos... suportando tudo, somente pela expectativa de que um dia ele lhe olhe novamente com o mesmo desejo, com a mesma admiração...  Mas isso jamais irá acontecer. Porque esse tipo de gente é desprovido de sentimentos do tipo: amor, empatia, culpa, etc. 
E saiba que, independente do esforço da vítima em fazer feliz o narcisista, ele sempre a culpará por tudo de ruim que, supostamente, aconteceu na vida dele.
A única solução? Vá embora e não olhe para trás.

Sandra Freitas


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Desencanto


Imagem criada por IA

Desencanto


Dói tanto ver ruir quem se amou um dia,

Não pela ausência, solidão ou engano,

Mas pela dor que, lenta, se anuncia

Quando encolhe o que antes foi tão humano.


Aos poucos, vai perdendo a relevância,

Quem foi herói se torna indiferente,

E o brilho vira sombra e dissonância,

Deixando o coração mais descontente.


Doí mais saber que foi só fantasia,

Que o que amamos era só fachada,

Um personagem feito de utopia,

Cuja verdade é feia e disfarçada.


Ilusão que por anos sustentamos,

Por quem, sem ver, em vão nos entregamos.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Leveza


E veio a chuva e levou
tudo de ruim que insistia
em estar por perto.
Prenúncio de um bom dia!

Sandra L. Felix de Freitas

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Relações tóxicas

Imagem gerada por IA


Relações tóxicas



Eu sempre fui da opinião que até mesmo um assassino monstruoso deve ter algo bom na alma. E com essa fé fui vivendo... 
Muitas vezes, desiludida, procurava na pessoa que tinha me decepcionado, algo de bom, que se pudesse aproveitar, ou uma justificativa para suas ações.
Mas com o passar do tempo fui descobrindo que existem pessoas que simplesmente são más. Seu nível de crueldade é tão elevado que nos custa a acreditar... 
E é só quando a gente leva a quarta ou décima paulada é que percebemos que este tipo de gente nasceu com um (ou mais) defeito no caráter. São pessoas que não sentem culpa, não possuem empatia e só se mostram bons e generosos quando estão à caça da próxima vítima. Esse tipo de pessoa só pensa em si mesmo. Sempre elege alguém para ser responsável por seu sofrimento e passam anos a fio desfiando o mesmo rosário... Em momento algum são capazes de lembrar que os fatos que lhe desagradaram foram reações à atitudes delas mesmas.
Esses indivíduos tem mais uma característica: "vampirizam" o companheiro. Sugam-lhe toda a energia, a alegria e a auto-estima. 
Não importa quantas decepções você precisou passar para reconhecer que você vive uma "relação doentia" com alguém portador de uma doença que não tem cura. Ainda não inventaram cápsulas de moral, ética, bondade, simpatia desinteressada, empatia, generosidade e amor ao próximo. Sempre haverá tempo de sair dessa relação e reconstruir tudo: vida, auto-estima, finanças e até amar novamente! Não é vergonhoso pedir ajuda. Psicólogos existem para isso mesmo!

Quanto a mim, hoje, mais tranquila e serena, vejo que preciso me afastar de todas as pessoas que possuem esse perfil! 



E assim, irei caminhando em busca de minha paz de espírito, minha serenidade e motivos pra liberar as minhas sonoras e sinceras gargalhadas!

#sandrafreitas

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pensando bem, passe bem!


Pensando bem, passe bem!


Quando eu morrer, não chore. 
Sorria,
pois o meu sofrimento acabou.
Quando eu me for
 não se sinta culpado,
você fez o melhor que podia.
Foi muito pouco,
mas você não tinha condições de fazer mais
ou de ser uma pessoa melhor.
Todos tem lá suas limitações
e você não é diferente... 
Quando eu desaparecer
não se atreva a dizer que sente saudades.
Seria o auge da falsidade.
Enfim,
quando nada mais restar de mim,
não pense que agora foi o ponto final.
Esse momento chegou
quando você achou
que eu não era o bastante para você. 

Então, passe bem.
Felicidades!

Sandra L. Felix de Freitas

Sandra L. Félix de Freitas

domingo, 8 de setembro de 2013

Ilhas, seremos?


Ilhas, seremos?

De repente,
de novo,
bateu a saudade
essa mesma que me acompanha
por tantos anos.
A vida começa a passar
diante dos meus olhos
como filme antigo,
e penso:
poderia ter sido diferente.
Nesse momento nos odeio
Porque não tivemos sabedoria
para conservar o que havia de bonito
em nossa relação.
Não tivemos maturidade suficiente
para acabar somente
com aquilo que nos afastava,
que nos trazia infelicidade.
Em outros momentos
chego à conclusão
de que tudo aconteceu
exatamente como teria que ser.
Entretanto
fica no peito a sensação
de vazio doloroso
daquilo que não foi...
De tudo o que não vivi ao teu lado.
Fica na boca
um gosto amargo de perda...
Uma sensação
de que vai faltar “cola”...
E nós que éramos
“ilhas na correnteza”
que tantas promessas fizemos
e não soubemos cumprir!
Nós que nos amávamos tanto
e tanto nos magoamos...
Será que hoje
nos daremos essa chance?
Será que navegaremos juntos
com entrega e confiança?



Sandra L. Felix de Freitasâ

terça-feira, 16 de julho de 2013

Desaba(fa)ndo na madrugada


Desaba(fa)ndo na madrugada

Tento, em vão,
reprimidos os sentidos
empurrar a decisão
para o dia seguinte
procuro esconder a lagrima,
até mesmo de mim
num redemoinho-tortura sem fim.

Fiz uma promessa,
nao a quero quebrar
entretanto
sinto que estou chegando
ao limite
falta pouco,
um quase nada
pra tudo em mim mudar.

Hoje,
chego a compreender
atitudes de algumas pessoas
que cheguei a
(in)justamente,
criticar...
Neste momento volto a entender
até mesmo a mim,
quando deixei de ser.

Portanto,
ouça-me com atenção:
agora teus olhos me podem ver
às tuas mãos
ainda é permitido me tocar
... em breve deixarei de ser...
Logo, deixarei de estar.
Vou sofrer,
eu sei.
Mas não te permito me humilhar!



Sandra L. Felix de Freitasâ

terça-feira, 2 de julho de 2013

Refazendo percursos


Refazendo percursos

E nessa roda-viva
que é a vida
devagarinho
eu vou
girando,
rodopiando...
Contornando
obstáculos,
espinhos
que surgem no caminho.
E assim, aos poucos
vou refazendo
meus percursos,
criando
e recriando imagens
no leito e margens
deste denso,
escuro
e profundo rio...
Mas ainda assim,
sorrio.


Sandra L. Felix de Freitas®

Papel de Rascunho




Papel de Rascunho

Serei eu poeta?
Sou mulher e criança
concha fechada, livro aberto
tudo ao mesmo tempo.
Sou choro e tristeza
na mesma canção.
Encharco-me de letras
brinco com as palavras
e com a imaginação.
Gosto de sonhos embalar
e palavras ajuntar.
Tenho olhos no ouvido
e a boca no coração.
Só enxergo no escuro.
Salto por sobre o muro
que me tolhe a liberdade.
Sou nuvem sofrida
perdida no céu.
E como vogal e consoante
sou harmonia destoante,
entre a magia e fantasia.
Serei eu gata ou serpente?
Realismo ou revolução?
Tímida, atrevida
ou só uma cisma?
Acho que sou mesmo
é coisa de momento
maré mansa,
maremoto,
tormento,
rabisco sem nexo,
o pretexto do contexto,
o amor sem sexo,
o sol ao anoitecer. 
Na verdade não passo
de um papel de rascunho

Sandra L. Felix de Freitas®

terça-feira, 4 de junho de 2013

O Amor que eu quero


O Amor que eu quero

O amor que quero
tem que ser capaz
de me ajudar a manter
mente e olhos bem abertos.
Que me faça criar asas
que me ensine a voar
e que tenha confiança.
Pois voarei,
mas após meu vôo,
é para meu ninho que voltarei.
Quero um amor
que me entenda
escolha-me, envolva e acolha.
Que me faça sentir segura.

O amor que quero
tem que saber
me dar valor.
Um amor calmo e manso,
que me ajude a crescer.
E, neste amor que quero,
eu possa ser somente
aquilo que sou:
...nada mais...
...nada menos...
que uma simples mulher.
Um amor
que me faça sorrir
e sentir que amar
ainda vale a pena.
  

sábado, 13 de abril de 2013

Noite silenciosa



Noite silenciosa


O sol se escondeu
e a noite cai impiedosa
cresce em minha alma
escuridão tenebrosa.

E essa solidão
que me tolhe e me sufoca
justo nesse lugar
que, supostamente,
deveria ser um lar?


Sandra L. Felix de Freitas
Imagem: Sandra L. Felix de Freitas

Escrito em 12/08/2003

Reformulada em 13/04/2013

Voo cego



Voo cego

Sinto-me como ave
que voa perdida
em busca da própria sorte
mas que perdeu seu norte...

Sandra L. Felix de Freitas

Imagem: Sandra L. Felix de Freitas


Tempo ruim



Tempo ruim

Hoje uma tempestade se armou.
Foi tantos raios e trovões, chuva forte, ventanias...
Que até mesmo a mim, que adoro, esse temporal assustou.

Sandra L. Felix de Freitas

Imagem: Sandra L. Felix de Freitas

Vulnerabilidade



Vulnerabilidade

Não queria
lutei contra,
mas vulnerável
me apaixonei!

Agora preciso
cair fora
esquecer você
o mais rápido possível
para não sofrer
mais que o suportável.
Não era para ser assim
eu só queria me divertir!

Sandra L. Felix de Freitas

Imagem: http://www.paixaoeamor.com