Desabafos ou devaneios?

Hoje é mais que um simples dia, É tempo de festa e celebração, Mas também de honrar tua alegria, Teu riso leve, tua inspiração. Homem de alma admirável, De coração sempre leal, Brilhante em tudo o que faz, Presença firme, essencial. Desde os tempos de criança, Teu brilho já me encantava, Tua força, tua esperança, Tua bondade que irradiava. Sempre foste mais que primo, Foste irmão em cada estrada, Na partilha e nos caminhos, Na dor e na risada. Te admiro, e não é de agora, És exemplo e luz constante, Teu esforço, tua forma de amar, Te tornam ainda mais gigante. Hoje, o que te desejo é vida, Com saúde, paz e amor, Que teus dias brilhem forte, Com bênçãos de todo sabor. Que os anos sejam degraus de luz, Te elevando ao que há de melhor, E saibas: estarei contigo sempre, Na torcida, com afeto maior. Parabéns, querido Alberto, Neste dia que é só teu, Que ele seja tão especial, Quanto o bem que em ti nasceu. Sandra L Félix de Freitas Maio 2025

Para a poodle que virou filha, guardiã e memória viva de amor Caçula foi nome de afeto, Presente da mãe, doce lembrança, Não é grande na estatura, Mas gigante na liderança. Champanhe é a sua cor, Mas o espírito… pura bravura! Não se cala, não se esconde, Mostra os dentes, faz figura. Basta uma bronca — ela enfrenta! Mas ao ouvir “minha princesinha”, Seu olhar amansa o mundo, E obedece, toda mansinha. Herdou a casa e o comando, Mesmo entre os cães mais fortes, Bob e Alvin que o digam: É ela quem dá o norte.  Guarda a comida como um tesouro, Mesmo sem querer comer, Pois seu trono é o território Que ninguém pode ceder. Há nela um quê de saudade, Um eco doce e constante: Nos olhos da Caçula Brilha o olhar da minha mãe de antes. Leal, ciumenta, teimosa, Com amor que não se mede. Hoje vive mais cansada, E convulsiona se a paz acaba. Por isso cuidamos do tempo, Do silêncio e da harmonia, E o remédio vem com colo, Com carinho e calmaria. Dizer que a amamos? É pouco. A prova está no gesto,...

  Bob Um cãozinho de raça única, Desses que o mundo não fabrica. Foi doado com desdém, Devolvido por ser “feio” também. Mas logo nos encantou, E com carinho o convidamos: “Vem ser parte da bagunça — dessa casa que tanto te ama!” Na primeira noite, um estrondo! Corremos feito heróis sem farda. Só ouvíamos seus gritos agudos E nenhum sinal do Bob na sala. Veio frágil, tão doentinho, Tomado por vermes e carrapatos. Eram mais de duzentos no corpinho, Com eles, febre, anemia e cansaço. Mas com remédio, carinho e calor, Bob renasceu — puro vigor! Logo aprendeu suas travessuras: Rasgar revistas, mastigar molduras. Guardanapos? Uma iguaria! Cabos elétricos? Pura alegria! Móveis? Todos marcados com dente — Sim, Bob achava que era gente! Nascido em dois mil e dezesseis, Fez nove anos — firme como um rei. Com medo de visitas, gritos ou trovão, Mas destemido pra proteger o seu chão. Quando leva bronca, encara e resmunga, Pensa, responde, faz cara de zanga. Bem feito pra nós, que em nosso lar E...

Alvin Olho pra ti e já não vejo o filhote arteiro de outrora. O tempo, com mãos invisíveis, te marca o olhar, o passo, a demora. Meu coração se aperta em silêncio, ao ver tua calma e teu cansaço. O mundo segue tão veloz… Mas em ti, tudo é mais escasso. Teus dias são mais lentos, teus sonhos dormem mais cedo, e te encontro, quieto num canto, como quem guarda um segredo. Lágrimas descem sem pedir, quando te vejo assim, a lembrar… Ainda tens tanto amor pra repartir, mas teu tempo não pode esperar. Hei, tempo! Pode ir mais devagar? Ainda ouço seus passinhos, meu bebê velhinho a brincar. 28/05/2025

  Imagem criada pela IA Amigo é farol Dizer a verdade, mesmo quando fere, mesmo quando dói — porque amizade de verdade não se disfarça. Ser presença, não só quando tudo vai bem, mas principalmente quando tudo vai mal. É chegar com o silêncio certo, o abraço pronto, o sorriso guardado para a hora certa. Amigo é isso: ombro firme, palavra leve, mão que segura sem julgar. É anjo que anda na Terra, é fantasia boa que a gente acredita de olhos abertos. E se a noite escurece o caminho, ele é a estrela que fica, mesmo quando o céu some. SLFF 2024