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Mostrando postagens de 2025

Soneto do Luto Invisível

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Soneto do Luto Invisível A minha estima é feita de ternura, amor tão vasto, cego e sem medida, que esqueço, às vezes, tua alma dura, e te idealizo além da própria vida. Teu gesto frio em mim deixa amargura, silêncio que me cala e me intimida. E a dor que nasce, funda e sem bravura, me apaga aos poucos, rouba-me a saída. Não peço muito, mas teu ar altivo me faz sentir menor, quase esquecida, como um retrato antigo e sem motivo. E sigo assim — de luto, mas vestida, por quem respira, anda e segue vivo, mas já não mora mais na minha vida.

Dançando no escuro

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Dançando no escuro Era pra ser um dia bom, mas terminou mal. Já nem conto mais os tropeços, nem as lágrimas que engulo a seco. A vida virou esse fardo com alça rompida, difícil de segurar sem doer. Era pra ser um dia bom, mas terminou mal. Porque viver deste jeito sempre mal interpretada, é tarefa pra sonhadora quebrada, que mesmo dilacerada de tristeza e dor, ainda levanta da cama sabendo que a vida às vezes é faca, às vezes, flor. Era pra ser um dia bom mas terminou mal A gente até tenta, mas é só pancada sentida, que da vida a parte mais dolorida, passa a ser viver. E no meio desta tormenta, eu fico tentando entender se ainda vale a pena sentir.  Não era drama, era a pura verdade. Tem dia que a alma sangra, com ou sem motivo definido, só sangra. E a gente aprende a andar com os retalhos do coração. É preciso continuar  ainda que seja em sonhos, como quem dança no escuro sem música nem direção. Sandra L Félix de Freitas 11 jun 2025 Imagem gerada por IA Se compartilhar, respe...

VERSOS E REVERSOS DO AMOR

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  Como é difícil viver sem tropeçar, ganhar sem nunca arriscar, seguir sem carregar lembranças, sem ferir, sem dar esperanças, sem um olhar que se demore num passado que ainda chora. Sorrir com alma inteira, quando o peito é primavera e o mundo, um campo em bruma, sem luz, sem canto, sem nenhuma mão que a gente reconheça. E mesmo assim, com leveza, seguir por trilha estreita, onde até a lua se despeita e recusa o seu fulgor. Na escuridão das certezas, avança o passo do amor: Andando… …sem saber o destino. Buscando… …um sopro, um caminho. Encontrando… …nos olhos um cais. Conhecendo… …silêncios e ais. Amando… …como quem se doa inteiro. Flutuando… …em abismos verdadeiros. Perdendo… …o que nunca foi. Voltando… …mesmo depois do “foi”. Chamando… …quem já não escuta. Desejando… …a alma absoluta. Perdoando… …sem pedir explicação. Tentando… …costurar o coração. E recomeçar… …sempre. Mesmo que doa. Mesmo que tarde. Mesmo sem mais ninguém à espera. Sandra L F...

A Poesia no Divã

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  Enquanto te confundo equilibro-me. Rabisco versos com sangue. Alimento-me de sonhos, bebo ilusões. Trago tristeza e alegria aos corações. Verso sobre sonhos e paixões, nem sempre verdadeiras. Na poesia que faço falo de momentos de felicidade, tristezas ou de saudades, que nem sei se já vivi, ou se ainda irei viver. Inspiro-me em tudo que vejo, sinto ou pressinto. Pode ser um filme que assisti, história que ouvi. ou algo que li. Posso em meus versos sofrer, chorar ou me desesperar até pela dor alheia. Rabisco sentimentos na areia. Estou sempre alerta a cada nova descoberta. às vozes dos sentidos, E quando bate a vontade de alguns versos rabiscar, utilizo sem riscos uma receita especifica, que por sua simplicidade chega ser magnífica - misturo: fatos observados com cenas imaginadas. Adiciono sonhos,  amor, tristezas, alegrias, meus sentimentos e teus momentos às minhas fantasias. É assim que faço poesia! Adoro falar e escrever. mas tem uma coisa que me faz entristecer, emudece...