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Mostrando postagens de 2025

A teimosia de continuar

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A teimosia de continuar A dor de um sorriso triste, mas indispensável — não por máscara, mas por sobrevivência é amor-próprio, à força aprendido. Um sofrer assumido que sustenta o corpo ereto, equilibrado no alívio manso da lágrima que rompe o medo e desce pela face como mal guardado segredo. A mente, inquieta, persegue memórias, revirando os cômodos da alma, tentando entender os silêncios, palavras a mais, ou ditas tarde demais, gestos que não vieram, aquilo que foi e o que nunca chegou a ser. O tempo passou sem pedir licença. Tudo mudou de lugar. Nada parece fazer sentido, mas tudo explica as distâncias, as indiferenças, as ausências que ecoam. Houve dias de esforço, de tentativa de agradar , de caber, de ser perfeita ao olhar. Não foi suficiente.  A alegria restante murchou em silêncio. Perdeu o vão, o voo e o norte, e caminhou perigosamente flertando com o fim. Achou ter fechado os olhos por um sopro de tempo, mas foi o bastante para perder o momento em que tudo se quebrou. Hoj...

Zolpiden

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De repente, tudo escureceu. Sem razão aparente, tudo perdeu o sentido. Já não havia alegria, tampouco disposição para mexer o corpo, para mover a alma. De repente, tudo perdeu o brilho. Não havia nuvens espessas, mas o céu pesava como chumbo. Era dia e era noite, era refúgio e martírio, amparo e açoite. E no meio desse breu, surge um recurso, não como cura, mas como porta estreita para longe do barulho do mundo. Uma breve fuga, da ausência de coragem de enfrentar o vazio do dia a dia. E, de repente, fez-se caverna — um silêncio denso, lugar onde ninguém entra, onde até os próprios pensamentos andam descalços, Zolpiden. Mas o alívio é curto, como sopro que apaga e reacende a mesma dor. Ainda assim, há algo — um fio tênue, quase invisível — que insiste em não romper. Um fio teimoso, delicado, mas obstinado, que recusa o fim. Talvez seja memória, talvez seja fé, talvez seja apenas uma dobra do tempo, um quase nada secreto, onde o coração se esconde quando não sabe continuar. Sandra L. F. ...

Retoma o teu voo

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  Fonte da imagem: IA Retoma o teu voo É fato que as dificuldades que encontras no caminho muitas vezes te fazem pensar em desistir, acomodar… Mas nunca é tarde para retomar teus planos e sonhos. Lembra-te: a felicidade não é destino — é o caminho. Falhar não é o fim, é apenas uma pausa entre dois voos. A cada tentativa, há aprendizado, crescimento e fé. Mesmo quando o cansaço pesa, ou quando a vida parece ter fugido do rumo, ainda há em nós uma centelha — um chamado silencioso para recomeçar. E quando enfim compreendemos que até mesmo os tropeços nos ensinam a andar, renasce em nós a coragem de abrir as asas outra vez e seguir adiante, com o coração mais sábio e a alma mais serena. Sandra L. Felix de Freitas  23/10/2025

Voa, passarinho… Voa

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Imagem obtida por IA Voa, passarinho… Voa Poderia eu perder aquilo que nunca tive? O que nunca, nem por um momento sequer, a mim pertenceu? No entanto, a sensação de perda em minha alma é tão intensa, tão grande, que sinto como se tivessem me arrancado um braço, as pernas, o coração ou outro órgão importante. Perder-te é, para mim, o mesmo que mutilação. Em meu ventre, te carreguei, guardando para ti sonhos infinitos — todos muito bonitos. Em meu peito te alimentei, matei tua fome, embalei e acariciei. Fui teu farol e porto seguro, companhia na solidão. Curei tuas dores. E com meus beijos, enxuguei as lágrimas dos teus dissabores. Eu te queria assim, sempre pertinho. Mas és passarinho: sempre com muito amor, tens asas e queres voar, buscar teu caminho, construir teu próprio ninho. Não, não serei eu a impedir que te lances a este voo. Ainda que desconhecido, e de certa forma, temido, tuas asas irão te levar, de forma segura —  espero eu — ao lugar que sonhas, que pretendes chegar. E...

O Gesto que Move o Mundo

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  O Gesto que Move o Mundo Hoje é dia de celebrar A vida de quem vive a ensinar.  Aquele que sempre diz;  “Hoje não posso, tenho provas pra elaborar, aulas pra preparar.  Sempre há um trabalho à espera, Ha sempre algo a ser feito, entre sonhos imperfeitos, um aluno precisando de ajuda um coração que se altera porque ensinar é ato que regenera. Hoje é dia de aplaudir o mestre que não desiste - “está doendo, mas vou sorrir, até chegarem as férias e eu possa enfim me permitir”. Hoje é dia de lembrar que o cansaço é passageiro, e o ensinar é verdadeiro  é plantar, prosseguir, o ato mais nobre e profundo - gesto que move o mundo. Hoje é dia de agradecer a quem ensina com fervor, fazendo a mente florescer e o coração compreender que educar é semear amor.