Radio Grooveshark

terça-feira, 16 de julho de 2013

Desaba(fa)ndo na madrugada


Desaba(fa)ndo na madrugada

Tento, em vão,
reprimidos os sentidos
empurrar a decisão
para o dia seguinte
procuro esconder a lagrima,
até mesmo de mim
num redemoinho-tortura sem fim.

Fiz uma promessa,
nao a quero quebrar
entretanto
sinto que estou chegando
ao limite
falta pouco,
um quase nada
pra tudo em mim mudar.

Hoje,
chego a compreender
atitudes de algumas pessoas
que cheguei a
(in)justamente,
criticar...
Neste momento volto a entender
até mesmo a mim,
quando deixei de ser.

Portanto,
ouça-me com atenção:
agora teus olhos me podem ver
às tuas mãos
ainda é permitido me tocar
... em breve deixarei de ser...
Logo, deixarei de estar.
Vou sofrer,
eu sei.
Mas não te permito me humilhar!



Sandra L. Felix de Freitasâ

terça-feira, 2 de julho de 2013

Refazendo percursos


Refazendo percursos

E nessa roda-viva
que é a vida
devagarinho
eu vou
girando,
rodopiando...
Contornando
obstáculos,
espinhos
que surgem no caminho.
E assim, aos poucos
vou refazendo
meus percursos,
criando
e recriando imagens
no leito e margens
deste denso,
escuro
e profundo rio...
Mas ainda assim,
sorrio.


Sandra L. Felix de Freitas®

O Que Sou Eu?


O Que Sou Eu?

Serei eu poeta?
Sou mulher e criança
concha fechada, livro aberto
tudo ao mesmo tempo.
Sou choro e tristeza
na mesma canção.
Encharco-me de letras
brinco com as palavras
e com a imaginação.
Gosto de sonhos embalar
e palavras ajuntar.
Tenho olhos no ouvido
e a boca no coração.
Só enxergo no escuro.
Salto por sobre o muro
que me tolhe a liberdade.
Sou nuvem sofrida
perdida no céu.
E como vogal e consoante
sou harmonia destoante,
entre a magia e fantasia.
Serei eu gata ou serpente?
Realismo ou revolução?
Tímida, atrevida
ou só uma cisma?
Acho que sou mesmo
é coisa de momento
maré mansa,
maremoto,
tormento,
rabisco sem nexo,
o pretexto do contexto,
o amor sem sexo.
Na verdade não passo
de papel de rascunho.

Sandra L. Felix de Freitas®